A Associação dos Artesãos de Santa Clara do Sul (Assarte) e a Emater/RS-Ascar promoveram, semana passada, o 2º Encontro Regional de Artesanato. Realizado no Salão Paroquial, o evento contou com a presença de mais de 100 artesãos dos municípios de Canudos do Vale, Sério, Forquetinha, Boqueirão do Leão, Progresso, Marques de Souza, Cruzeiro do Sul, Travesseiro, Venâncio Aires, Bom Retiro do Sul, Lajeado e Pouso Novo, além da cidade sede. A terceira edição será realizada em Venâncio Aires, no segundo semestre de 2017.
Durante o encontro, que teve como objetivo qualificar e fortalecer o artesanato regional e promover a troca de experiências entre os envolvidos, foram realizadas palestras sobre “Empreendedorismo e Prosperidade” e “Paisagismo na Minha Casa”, com relatos de experiências – com o grupo Amigas do HBB de Lajeado – e apresentações artísticas do Departamento Municipal de Cultura.
A atividade também contou com mostra e venda de flores e de artesanatos em crochê, patchwork, fuxico, decoupage, pintura em tecidos, bordados, tricô e macramê, entre outros. “A nossa intenção foi valorizar os artesãos, trabalhando aspectos relacionados à autoconfiança e à profissionalização dos envolvidos”, analisou a extensionista social da Emater/RS-Ascar local, Sandra Gerhardt.
O evento teve a presença de diversas autoridades, entre elas o prefeito de Santa Clara do Sul, Fabiano Immich; gerentes regional e adjunto da Emater/RS-Ascar, Marcelo Brandoli e Carlos Lagemann; supervisor da Emater/RS-Ascar, João Francisco Caíno e a presidente da Assarte, Clarice Konrad. Brandoli valorizou o encontro, não apenas pela possibilidade de promover a troca de experiências e a aquisição de conhecimentos, mas pela possibilidade de se olhar o artesanato para além do aspecto terapêutico. “Para muitas famílias pode representar uma boa alternativa de renda”, avaliou.
Immich saudou o público presente, dizendo-se honrado em receber um evento desse porte. “Somos conhecidos por sermos a Cidade das Flores, mas hoje podemos dizer que somos também a do artesanato”, salientou. Para Clarice, que também preside a União Santa-clarense dos Clubes de Mães, o artesanato funciona como terapia e lazer, capaz de “acalmar a mente”. Atuando como agente de saúde da prefeitura, é no turno da noite que ela encontra tempo para desenvolver o trabalho manual. “Gosto de patchwork e de crochê, mas é o tricô que mais me agrada”, garante.
Outra artesã que participou do evento foi a agricultora Rosane Fucks Meyer, da localidade de Três Saltos Baixo, do município de Travesseiro. Artesã há cinco anos, desenvolve trabalhos em patchwork e crochê. “Para mim, tem função terapêutica, já que o dia a dia se torna um pouco corrido, por conta do trabalho com (bovinos de) leite”, salienta. Ainda que as 30 vacas em lactação e os quase 600 litros de leite ao dia representem uma boa renda para a família, Rosane sorri ao falar sobre o retorno financeiro a partir do artesanato. “Costumo divulgar os meus trabalhos no Facebook e até agora tem dado certo, com muita persistência e divulgação boca-a-boca”, comemora.
Fotos Rafael Simonis
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